Apesar do PT se encontrar esfacelado, todavia, tem muitas chances ainda de soerguer, porque os demais partidos políticos estão no mesmo nível e igualmente em desníveis imorais diante do mesmo. O PT de Livramento sente o peso das mazelas da legenda em nível nacional, mas não está sozinho, porque PMDB, PSDB e, talvez, quase todas as demais também se igualam.
O seu novo presidente, empossado dia recente (9), Francisco Rocha Aguiar (Chiquinho do PT), é um homem simples, mas é também uma pessoa politizada, um dos primeiros partidários filiados do PT, quando habitou no ABC paulista de São Paulo. Foi um dos primeiros a ingressar no partido em Livramento, diretório municipal que contou com bons nomes, mas que se ausentaram por razões de cada um. Inclusive o próprio Robério Cayres, que foi um militante de enfrentamento, bom de briga. Mas arriou sua bandeira vermelha de estrela branca.
É uma pena que o PT de Livramento não manteve a unidade em torno de seus filiados que foram se desligando e ao partido restaram alguns membros que não o conduziram com habilidade, com jogo de cintura, o que foi agravado com a situação do próprio no cenário nacional com a explosão de suas principais cabeças da cúpula sofrendo acusação pesadas de corrupção e condenados à prisão. Inclusive com o maior líder petista, o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que também está no foco das investigações do ministério público federal.
Chiquinho sofria falta de atenção de alguns partidários do petismo local. Sentia o desprezo de alguns companheiros que antes levitavam fluentemente como membro da cúpula do diretório municipal, mas que não apresentavam ou não apresentam a cor de sangue da bandeira que somente ele encarna, pois tem cacife de militância, tem o desejo do socialismo, mas não aprova o comunismo exacerbado, tampouco o regime bolivariano.
Neste compasso da panelinha na cúpula do diretório poderia estar Gerardo Júnior, o Júnior do PT, o maior nome do petismo municipal pelo que avançou e conseguiu avançar. Foi secretário de Saúde do governo do ex-prefeito Carlos Roberto Souto Batista (Carlão), foi candidato a prefeito na campanha de 2004, mas fracassou nas urnas. Acabou vice-prefeito da gestão Paulo Azevedo (2013/2016) lançou-se candidato a deputado e derrotou em Livramento o deputado estadual Nelson Leal(2014) , alcançando mais de 9 mil votos. Com tantos movimentos acontecidos em torno de seu nome, Gerardo Júnior era, indubitavelmente, o astro do PT.
Na verdade, verdadeira, Gerardo Júnior foi um dos maiores beneficiados com isso. Alcançou muitas coisas, faltou ser prefeito, o seu golden dream, o seu grande estrelato. Mas o Júnior do PT cometeu pecados ao sudoeste da região do sertão. Poderia continuar politizando, fazendo política, cumprindo mandatos, poderia! Ninguém pode se sentir culpado por Gerardo não alcançar a pole position da linha de chegada. É um piloto no estilo de Rubinho Barrichelo, nunca seria um Ayrton Sena.
O PT também tem outros nomes em questão. O partido teve dois vereadores eleitos, o dentista Antonio Luis Rego (Tõe Luiz) e Joaquim Bitencourt (Quiquinha de Amoreira). Teve, ainda, outro ex-vereador nos anos 2000, Ricardo Matias. Tem o jovem e articulado Hugolino Lima Neto, que administra uma Ong (Ceforc) com boas verbas e muitos projetos na área do social e da agricultura. Conta com o apoio dos deputados estaduais Marcelino Galo e Zé Raimundo, e federal, Valdenor Ferreira. O que faltou?
Como pode ser observado, o PT de Livramento era (é) uma sigla forte, um partido atuante. Mas faltava o projeto de expansão, de aglutinação, de ampliação de seus quadros de filiados, limitando-se a uma pouca dúzia de amigos, funcionando improvisadamente (não tem/tinha sede), sempre foi como uma espécie de clube do Bolinha. Podia-se ou pode contar nos dedos a lista. No alto clero: Gerardo, Tõe Luiz, Quiquinha, finado Edsom do PT, Maria, Hugolino, Vitório, Juarez Patrãozinho, Miron Barbosa; enquanto Chiquinho, Carlos Aguiar, Nau, Manoel (da Padaria), Carlos, figuravam no baixo clero.
Espera-se com Chiquinho na presidência o PT deslanchar em Livramento, seja atuante, militante, aguerrido. Tem que se libertar da pecha de “partido de aluguel”. Não pode ser o partido nos moldes dos nanicos. O contrário, tem que ser grande, operoso. Independente do desgaste que acontece no cenário nacional.
Traques & Bombas
Festejos juninos esse ano na região foram bons, mas levantaram questões, indagações, denúncias de suspeições, porém, só traquinhos, bombinhas que “bufaram” deu chabu/ Louve-se o esforço do jovem promotor de justiça em mostrar serviço na bandeira por transparência na gestão pública, mas as denúncias foram tontinhas, tontinhas./ Usando traquinhos de bater (espoletas) a oposição quis queimar bombas de alto teor explosivo, barulhentas, mas estas também “bufaram” / “Olha a Calcinha valiosa” gritaram, “vai a bomba!!!” Não foi bomba, era só um traque. Deu chabu ## Outro bafuzanga foi a briga da vereadora Lane Prima em indicar nome de quadra em homenagem a seu avô no distrito Mucambo/ Alguns parentes de um outro vovô foram “orientados” por alguém, e decidiram melar a honraria distinta. Deu xabú./ Mas um acórdão pode fazer as pazes das duas famílias pirracentas: uma homenagem vai ser para a denominação da quadra./ A outra para a placa da praça ainda a ser construída. Mas ai…## Roberval Meira, tranquilo, vai trabalhando, mudando a cara da cidade de Dom Basílio./ A oposição fica doidinha e tenta atrapalhar usando o MP, criticando, denunciando, mas só fofocadas. ## Brasil à deriva, navega em mar revolto, mas a tripulação está indiferente, não está nem ai. E até parece que canta “se a canoa não virar, olé, olê, olá… vira, vira, virou!” ## Michel Temer tenta governar, mas o navio está com água dentro, está sem rumo, correndo o risco gravíssimo de naufragar. No seu porão muitos ratos.