Vereador José Roberto alerta que esta sendo montado esquema de irregularidades contra município

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Ao usar a tribuna, o vereador José Roberto (PMDB) acusou que na gestão de Éder Jakes há indícios de graves irregularidades, apontando entre elas, suspeição na concessão de linhas para o transporte escolar e os alternativos (alugados), denunciando ainda que pode “está em curso um pesado esquema para roubar o município de Jussiape e o tempo é que vai provar isso.”

Iniciou a sua fala criticando duramente as pessoas de outras localidades que foram contratadas para todos os cargos de primeiro e segundo escalões, em secretarias e chefias de setores da administração municipal.  O vereador questiona o fato da folha de pagamento constar funcionários de outras cidades, e não de Jussiape, município que enfrenta a pior crise e sofre com índices alarmantes de desemprego. “Ele (o prefeito) prometeu no palanque que não traria ninguém de fora, somente a mulher dele. Mas fez exatamente o contrário. Além de empregar a mulher, trouxe muita gente de outras cidades deixando de valorizar o nosso povo. Na verdade, ele mesmo foi um grande mentiroso” disse.

José Roberto questiona ainda o atendimento dado a população e aos vereadores na Prefeitura. “Eu mesmo fui à prefeitura centenas de vezes para tentar encontrar o prefeito, mas ele quase nunca está lá. E quando aparece se tranca em seu gabinete com desculpas de reunião e o povo fica sem ser atendido”, reclama.

Fez duras críticas à controladora geral do município, Cristiane Flor, a quem acusa de grossa e mal educada. “Esta senhora foi nomeada para humilhar o nosso povo. Posso dar como exemplo o caso de uma servidora que ganhou criança e lhe foi negado o salário maternidade, o que é um absurdo, pois ela tem descontado o valor do INSS nos seus salários. Procurei a controladora e ela simplesmente me disse que não era advogada, não entendia de lei, por isso não podia responder. Como assim? Se ela é controladora, tem que saber de tudo, é a função dela saber o que se passa na gestão municipal”, enfatizou. Ele também diz que foi desrespeitado ao ter o telefone “batido em minha cara”, em uma ligação com a servidora, o que o levou a tomar satisfação pessoal com a mesma. “Perguntei por que ela desligou o telefone, que respeitasse a minha autoridade (de vereador) e respeitasse, principalmente, o povo de Jussiape”, disparou.

Disse ser vergonhosa a falta de autonomia dos secretários que ocupam os cargos, mas não podem desempenhar suas tarefas porque não “mandam em nada”. Diz não entender porque enquanto os demais setores da prefeitura não funcionam, não é o mesmo o que acontece com a Controladoria Geral que tem muitos poderes, porém usados para emperrar ainda mais a administração municipal.

Jose Roberto denuncia que a prefeitura também está pagando apenas metade do salário mínimo aos garis na sede, afirmando não entender porque, em contrapartida, privilegia os trabalhadores de coleta de lixo no distrito de Caraguataí, que recebem o salário completo. “Eu tenho um apreço muito grande por esta comunidade, mas não posso concordar com isso. O prefeito justifica que se reajustar o salário para mais 400 reais a folha mensal com os garis subiria para R$ 9 mil mensais, o que seria inviável. Mas é estranho que enquanto remunera mal aos garis da sede, apresenta pedido de mais crédito suplementar para criação de uma secretaria (Turismo) com salário de R$ 4 mil, o mesmo valor que serviria para assegurar um salário melhor para esses valorosos trabalhadores da limpeza pública. Fora que pela lei não é permitido pagar metade de salário para qualquer trabalhador”, ironiza.

José Roberto bateu duro também ao afirmar que o atual alcaide de Jussiape é uma pessoa sem palavra e que não cumpre e nem honra os compromissos que assumiu em sua campanha eleitoral. Cita uma entre muitas promessas enganosas, a de implantar o sinal de internet no município, em especial na sede, onde não há nenhuma operadora de telefonia celular. Éder Jakes teria prometido que esta seria uma das primeiras realizações assim que iniciasse o seu governo.

“E como sem não bastasse a prefeitura, além de não empregar nenhum cidadão jussiapense por privilegiar pessoas de fora, como de Livramento e Abaíra, também prejudica o comércio já que a prefeitura não compra sequer um parafuso em nossas lojas e casas comerciais, promovendo a aquisição de materiais de toda a espécie em outras cidades. É uma inaceitável falta de respeito para com os comerciantes de nossos município, que são quem pagam impostos e empregam nosso povo”, denuncia.

Fora das críticas ao prefeito, o vereador José Roberto também criticou o longo período de não funcionamento da agência Banco do Brasil, que há muitos meses está totalmente desativada, desde que sofreu um assalto em dezembro do ano passado (2016). “É preciso saber se o banco tem ou não interesse em reabrir suas portas, se vai voltar a funcionar, porque se não, deve dar lugar para outro que queira, pois o povo e o comércio estão seriamente no prejuízo”, protesta.

Também, na mesma sessão, pediu para que a Embasa explique a redução do volume de água por consumo cobrado da taxa única, que era de 10 mil litros para apenas 6ml. “Aumentou-se a tarifa da água e ainda reduziu a quantidade de consumo. Mas não melhorou a sua qualidade e ainda penalizou a população com a redução de consumo/taxa, isto é uma falta de respeito. A Embasa só quer vantagens e privilégios sem dar a contrapartida, pois não investe em melhorar a qualidade da água, não faz cumprir aqui em Jussiape o papel de empresa cidadã e não patrocina nossos eventos mais importantes, como o Carnaval e o São João. O certo é não renovar o contrato com a Embasa, isto é o que proponho”, finaliza.

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